Amar ou julgar?

Olá, amados!

É muita responsabilidade escrever um texto para ser compartilhado com tantos irmãos; de diversas religiões, gostos e opiniões. Escrevo desde os oito anos de idade, quando aprendi a desabafar-me de tanta angústia que sentia, em um pedaço de papel.

Como eu disse em outro texto, tive uma vida miserável antes de ter um encontro real com Deus. Mas, pulando os anos em que estive morta, cheguemos a parte em que não tive dúvidas da existência de Deus, de sua graça e infinito amor que trouxeram-me a vida.

Lembro-me de haver dito pra Deus que não mais erraria e que ouviria sua voz em qualquer situação, que eu seria o amor que espero nas pessoas. Porém, quando me dei conta, tornara-me uma fanática religiosa. Ainda bem que por poucos meses, pois a Verdade sempre irá sobrepor-se ao engano. Jamais pude imaginar que estava cegando-me novamente, justamente no caminho que deveria ser o certo. Julgava a meu irmão, considerava-me a queridinha intocável de Deus e dona da verdade. Pensei ter aprendido tudo o que devia e que me tornara uma santa...rsrs. Perita em Deus.

"Dessa vez o orgulho e a soberba dominaram-me por pouco tempo. Pois nada há encoberto que não haja de ser descoberto; nem oculto, que não haja de ser sabido" Lucas 12:2

Prostrei-me diante do Pai Celestial e roguei-lhe que me esvaziasse de mim mesma para que Ele me enchesse com Seu espírito; e tenho clamado ao Mestre que não me abandone, que eu não ande mais segundo minhas falsas convicções, que seja Ele o Senhor da minha vida, planos e desejos.

Por isso, ao iniciar um texto, digito, apago, penso e repenso nas palavras.

Muitas vezes desagrado ao ser humano mesmo sem querer, e sentia-me culpada pela reação das pessoas. Mas, à luz da verdade, descobri que a forma como os outros interpretam nossas atitudes, é o julgamento que eles fazem de nós. Devemos ser bem claros em tudo, mas não nos sentir culpados se alguém considerar nossa atitude inadequada ou presunçosa. Peço perdão ao magoado, quando tenho a oportunidade, pois não tive intenção de feri-lo, ou ir contra suas doutrinas, mas não me culpo pelo julgamento que alguém tenha de mim.

Somente Cristo conhece nossas razões e motivações ao agirmos, nada devemos temer em nossos corações se caminhamos conforme a verdade da bíblia.

Se em nossos pensamentos acreditamos saber a motivação de alguém ao realizar certo feito, a estamos julgando. Se acreditamos saber o que o outro pensa de nós, também é um julgamento. Se consideramos a atitude de alguém errada, por ir contra nossas convicções, somos tolos.

Deixemos o orgulho, teimosia, religiosidade de lado e sejamos humildes, prontos a ouvir mais e julgar menos.
Jesus não disse aos discípulos que acusassem a seus irmãos ou condenassem a cada um segundo seus pecados. Pelo contrário, para perdoarmos não só até sete vezes, mas setenta vezes sete(Mateus 18:22) e para não julgarmos, pois a medida é recalcada(Mateus 7:1 a 5).

"O que come não despreze o que não come; e o que não come, não julgue o que come; porque Deus o recebeu por seu... Quem és tu, que julgas o servo alheio? Para seu próprio senhor ele está em pé ou cai. Mas estará firme, porque poderoso é Deus para o firmar... Um faz diferença entre dia e dia, mas outro julga iguais todos os dias. Cada um esteja inteiramente seguro em sua própria mente... Eu sei, e estou certo no Senhor Jesus, que nenhuma coisa é de si mesma imunda, a não ser para aquele que a tem por imunda; para esse é imunda." Romanos 14.

Leia a Bíblia. Você já agiu como tolo acreditando ser o conhecedor da verdade incontestável?

Você prefere amar ou julgar? Deixe seu comentário!

Deus abençoe,
Wanuzia Braga