Deus, Universo, Big-bang: E eu com isso?
Deus difere dos outros deuses por ser o criador supremo. Por abrigar em si o conceito de verdade, todo o conhecimento e toda a ciência. Esta tamanha certeza faz com que o princípio de Deus transpasse os limites da racionalidade humana confinada no 2 + 2= 4.Mas, enquanto detentor de toda a ciência, como pode a inovação científica e tecnológica apontar para a ausência de Deus? Como pode a construção do conhecimento indicar que tudo o que se sabe, o Universo, surgiria e se manteria independentemente da existência de Deus? Um paradoxo? Uma quebra de dogmas? O que a ciência enxerga quando olha para Deus? Tudo começa com o “nada”.
Fundação Universo e Deus
Toda a física que se estuda fundamenta-se na dicotomia matéria versus energia. Assim, desde a oitava série, nos condicionamos a acreditar que fogo é energia e papel matéria. Infelizmente a física não é tão maniqueísta. Hoje, graças a Albert Einstein, sabemos que matéria e energia são cambiáveis. Essa propriedade, que certamente revolucionou a ciência, possibilita o raciocínio de que tudo o que existe poderia ter um dia se condensado em um único corpo com altíssima densidade. Nessa condição, provavelmente a estrutura das partículas seria completamente diferente daquilo que se entende por atual. Uma vez que tudo se concentra (1 cm3 está bom para você?), bastaria uma simples explosão para a criação do que se entende por Big-bang. Esta explosão causaria uma imediata expansão da matéria e energia, dando o ponta pé inicial para a formação do Universo e dos elementos que temos hoje na tabela periódica: carbono, fluor, ferro.Toda materia e energia condesada. Esta estrutura era estável? Se sim, não tem o porquê da explosão ser acionada. Sem diferença de potencial energético não há reações. Uma maçã só cai do seu galho porque nas alturas a fruta tem maior potencial gravitacional do que no chão. Assim, estaríamos até hoje no 1 cm3, em uma espécie de Matrix fisico-químico que não faz o menor nexo, nem mesmo para Hollywood. Contudo, se pensarmos que a estrutura do Universo primitivo não era estável, nem tão pouco homogênea, há de se pensar que o Universo seria um grande ciclo de expansões e retrações de tudo o que existe, ou seja, de tempos em tempos toda a matéria e toda a energia se agrupariam em um corpo com enorme densidade, tornando depois a se dissipar em um processo de expansão. Belo na teoria, inviável nos fatos: o Universo está em constante expansão. Afirmar que algo (ciclicidade) existe sem, no entanto, poder provar, tange o princípio da fé. A conclusão então é: não há conclusão definitiva! Descupe o leitor: esse é um texto científico. Mas se tudo estava contido em um único centímetro cúbico, supostamente antes do Big-bang, o que haveria no resto?
O que existia na ausência de tudo?
Nada. Nem átomos, nem energia, nem plasma, nem partículas sub-atômicas. Nada. A ausência de tudo o que a inteligência humana consegue prever estaria no TOTAL - fatídico 1 cm3. Não havia tempo. Não havia espaço. Somente “nada”. A questão é que o ser humano consegue visualizar o “nada” porque tem noção do que é o preenchimento, ou seja, “nada” seria simplesmente a ausência de alguma coisa. E quando nem essa “alguma coisa” existe? Esse “nada” incial, então, quebraria com toda a lógica do pensamento humano, seria algo que transcendesse o que se consegue calcular, ou mais que isso, do que se consegue imaginar. Essa transcendentalidade ratifica o fato de que a ciência, por vezes, baseia-se em conceitos não tão claros para a expansão do conhecimento. Admite-se que esses conceitos não são e nem precisam ser completamente conhecidos, mas sim servem para estopim de todo o resto.A física admitiu o “nada”. Mas o que, agora, é Deus? Novamente, Deus é o criador supremo de tudo o que existe, o Senhor da eternidade, mestre de toda ciência. Os ateus recusam a Deus por supostamente estar muito além do que a lógica humana consegue explicar. Por fugir dos padrões que as sinapses neurológicas são capazes de interpretar. A verdade é que o “nada” científico não é menos inacreditável do que o “tudo” de Deus. Se é possível imaginar que “nada” um dia existiu e foi peça fundamental para o Big-bang, não é tão ilógico a existência de Deus e que este seria capaz de tecer o Universo. Tecer a excelência inteligência que rege as leis da física, os miraculosos conceitos bioquímicos da vida e, porque não, a natureza do “tudo”.
Deus e a Fundação do Universo
Dessa forma, a pura ciência olha para Deus e enxerga a sua base. Por mais que se tente criar invenções paralelas, não passam de invenções e nunca submergirão ao que é Deus, pois este está na essência de tudo. Crer, por isso, em um Deus onisciente é a base para o conhecimento completo em um todo. Um todo maior que o pensamento, maior que a existência: um todo inerente à vida humana. A onisciência de Deus permeia tudo e todos. Esta termina por contribuir para os fundamentos do conhecimento, fazendo dos exclusivamente incrédulos, racionais anti-ciência.Deixe seu comentário, Deus abençoe!
Texto Enviado por Lucas Leite Cunha
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